Atuação da Fisioterapia em idosos com risco de queda
Palavras-chave:
Idoso, Reabilitação, Prevenção, QuedaResumo
O envelhecimento populacional no Brasil cresce rapidamente, e espera-se que o número de idosos atinja 66,5 milhões até 2050. Este fenômeno traz desafios complexos, especialmente com relação à saúde e à qualidade de vida dos mais velhos. A síndrome da fragilidade, caracterizada por uma queda na reserva fisiológica e maior vulnerabilidade, destaca-se como um fator de risco para quedas, hospitalizações e perda de autonomia. Estudos apontam que entre 10% e 27% dos idosos na comunidade são frágeis, percentual ainda maior em instituições de longa permanência. Essa fragilidade está associada a comorbidades como sarcopenia e doenças cardiovasculares, agravando o risco de quedas. Estima-se que 30% a 40% dos idosos em casa sofrem quedas anualmente, com consequências que vão de fraturas à perda de funcionalidade. Além do impacto físico, as quedas influenciam o psicológico dos idosos, gerando o medo de novas quedas, o que limita a mobilidade e promove o isolamento social. A prevenção de quedas demanda abordagens multidisciplinares, com foco no fortalecimento muscular, equilíbrio, mobilidade, adaptações ambientais e tecnologias assistivas. Contudo, a adesão a programas preventivos enfrenta barreiras como falta de acesso e desconhecimento sobre a fragilidade. Portanto, políticas públicas são essenciais para garantir o cuidado adequado aos idosos, visando reduzir quedas e promover um envelhecimento saudável.
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