Projetos de país e identidade nacional em disputa
uma análise semiótica das eleições presidenciais de 2022
Palavras-chave:
Campanha eleitoral, Comunicação política, Narrativa midiáticaResumo
A política presidencialista brasileira, desde a república proclamada (1889), tem, em suas faces, representações em símbolos, desenhos, músicas e sinais. O brigadeiro, doce popular brasileiro, personifica a criatividade eleitoreira em época de campanha, usando de artefatos variados e, subconscientemente, espargidos como canal de persuasão eleitoral. Desde a ascensão de Washington Luís à presidência do Brasil (1926-1930) o jingle publicitário é usado como um importante aliado estratégico das campanhas eleitorais. Em 2022, durante as veiculações de materiais das campanhas presidenciais, viu-se a presença massiva de elementos semióticos que foram cruciais para a propagação dos ideais partidários e sistemáticos de cada um dos candidatos ao mandato que se iniciou em 1o de janeiro de 2023 e findará em 5 de janeiro de 2027, refletindo sobretudo como diferentes visões e projetos de país interpolam concepções político-culturais da identidade brasileira. No balbucio de compreender como as teorias semióticas foram usadas pelos candidatos que desejaram condução ao cargo máximo do poder executivo nacional, foi importante entender como essas puderam ser aplicadas à publicidade e à comunicação no que converte ao eleitorado, público em questão. Analisa-se neste estudo como foram aplicadas metodologias que concitavam ao eleitorado, por meio de práticas semióticas, sugestionamentos políticos no que dizem respeito às estratégias de presságio de projetos de país usadas pelos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa e explicativa que, com uma coleta aguçada de dados, fatos e discursos, comparou a usabilidade dos procedimentos adotados pelas campanhas dos presidenciáveis em segundo turno, sendo catalogadas a partir de recortes veiculados nas redes sociais oficiais de cada candidato. Apurou-se, dessarte, que ambas as campanhas desfrutaram de subterfúgios que aplicaram aos votantes ideais antagônicos de “Brasis” que disseminaram como, intercorrido, polarizações desfrutadas de astúcias semelhantes e compatíveis, nada obstante, de mensagens descoincidentes. Colige-se, à vista disso, que o resultado apurado, decorrentemente acirrado como foi, é produto de um posicionamento esquivado em lapsos das campanhas adversárias no que tange seus discursos e aplicações.
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