Úrsula, a vilã subversiva

gênero, poder e estereótipos na construção da personagem de A pequena sereia (1989)

Autores

Palavras-chave:

Gênero, Literatura, História

Resumo

Este artigo propõe uma análise crítica da personagem Úrsula, do clássico filme A Pequena Sereia (1989), a partir das questões de gênero e representações culturais presentes na obra. Úrsula é uma vilã que, por meio de suas características físicas e psicológicas, desafia e subverte normas de gênero, poder e identidade femininas. A pesquisa examina como a Disney, ao criar essa personagem, reflete e ao mesmo tempo questiona as normas de comportamento feminino, o papel das mulheres no cinema infantil e as expectativas culturais de seu tempo. Ao analisar Úrsula como uma personagem que transita entre a marginalização e o empoderamento, buscamos refletir sobre as implicações dessa construção para as representações de gênero nas produções culturais contemporâneas e passadas.

Biografia do Autor

  • Lucas Matheus Araujo Bicalho, Unimontes

    Mestrando em História pelo Programa de Pós-graduação em História (PPGH) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Graduado em História - Licenciatura pela mesma instituição. Membro do Grupo de Estudos em História do Esporte e da Educação Física (GEHEF), vinculado ao Departamento de Educação Física e do Desporto (DEFD) e ao PPGH. Também é membro do Centro de Memória do Esporte (CEMESP), também associado à Unimontes. Atualmente, pesquisa sobre a construção midiática de mulheres transgressoras na sociedade brasileira, com foco nas representações de gênero, patriarcado e cultura visual.

Referências

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Publicado

2025-06-01

Como Citar

Araujo Bicalho, L. M. (2025). Úrsula, a vilã subversiva: gênero, poder e estereótipos na construção da personagem de A pequena sereia (1989). Revista Multidisciplinar, 38(2), 1-10. https://portalunifipmoc.emnuvens.com.br/rm/article/view/191