As intermitências distópicas e epidêmicas das cidades brasileiras
um diálogo com Saramago
Palavras-chave:
Espaço urbano, Pandemia, Utopismo, Desigualdade, CotidianoResumo
A pandemia de COVID-19 se configurou como uma crise sanitária de proporção fractal. Isto é, suas contraturas revelaram crises para além da saúde pública, expondo crises e colapsos socioeconômicos e políticos em diferentes escalas do espaço global. No Brasil, a evolução atroz da doença e a insalubridade em sua gestão, acenaram para um vertiginoso quadro de mortes, criando dos noticiários ao imaginário um quadro de dessensibilização distópica. Toda crise tem duas faces, a utópica e a distópica, interpolando-se para mediar as relações e acontecimentos do cotidiano. Desse modo, este trabalho procurou associar o contexto pandêmico no Brasil e a produção do espaço urbano, ora utópica, ora distópica, promovendo espacializações e espacialidades cotidianas desiguais. Adota-se como interlocução para reflexão deste contexto, a obra As intermitências da morte (2005) de José Saramago, buscando na literatura ficcional o viço interpretativo para os cenários aflitivos da vida na cidade.
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