Assistência de saúde a gestantes privadas de liberdade
Palavras-chave:
Saúde da Mulher, Encarceramento, Gestação, Sistema prisionalResumo
No Brasil, a população carcerária feminina cresceu 656,5% entre 2000 e 2017, agravando vulnerabilidades sociais e dificultando o acesso à saúde. As mulheres presas enfrentam condições insalubres, superlotação e violência, com assistência médica limitada. Com isso, o atual projeto visa realizar uma revisão integrativa para compreender mais profundamente os impactos do crescimento exponencial da população carcerária feminina no Brasil. Neste contexto, o artigo tem como objetivo conhecer a assistência prestada às mulheres privadas de liberdade durante pré-natal e puerpério. O trabalho consiste em uma revisão integrativa, aos artigos inicialmente selecionados pelos títulos e resumos, seguidos de uma leitura crítica para avaliar a qualidade metodológica e relevância. A busca ocorrerá entre janeiro/2023 e agosto/2024, nas bases SciELO, BVS, BDENF, LILACS, MEDLINE, PUBMED, Portal CAPES e Google Acadêmico, usando os descritores “saúde”, “mulheres”, “encarceradas” e “prisões”. Serão incluídos artigos em português, inglês ou espanhol, disponíveis integralmente, publicados ou indexados nos últimos dez anos. A análise descritiva permitirá observar, contar, descrever e classificar os dados, reunindo o conhecimento produzido sobre o tema. Os resultados esperados da revisão integrativa incluem a identificação do crescimento significativo da população carcerária feminina no Brasil e suas implicações sociais e de saúde. Espera-se mapear as condições de vida ofertadas a essas mulheres, destacando a necessidade de cuidados específicos para gestantes encarceradas. Nesse projeto, pretende-se investigar as condições de vida adversas enfrentadas por mulheres nas prisões e destacar a precariedade do acesso aos serviços de saúde dentro desse contexto. Além disso, o estudo buscará identificar práticas eficazes e recomendar políticas públicas que promovam a saúde integral e o bem-estar dessas mulheres, visando contribuir para a melhoria das condições de vida e a redução das desigualdades no sistema prisional brasileiro.
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