Lei Maria da Penha nos PNR

desafios e medidas preventivas nas Forças Armadas

Autores

Palavras-chave:

Violência doméstica, Forças Armadas, Criminologia feminista

Resumo

Este artigo analisa criticamente a implementação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) nos Próprios Nacionais Residenciais (PNR) do Exército Brasileiro, à luz dos princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade de gênero e da proteção dos direitos humanos. A pesquisa, de abordagem qualitativa, utiliza a análise documental legislativa e jurisprudencial para investigar os desafios à efetiva aplicação da LMP em um ambiente caracterizado pela hierarquia e disciplina militares. Identificam-se obstáculos relacionados à interpretação restritiva do art. 9º, II, alínea "e" do Código Penal Militar (Decreto-Lei nº 1.001/1969), à ausência de regulamentação específica sobre violência doméstica nos PNR e à necessidade de capacitação dos agentes militares para lidar com a complexidade da violência de gênero. Propõe-se, com base na criminologia feminista e no direito administrativo militar, medidas para aprimorar a proteção das mulheres em situação de violência doméstica nos PNR, visando a efetivação dos direitos fundamentais e a construção de uma cultura de respeito e igualdade nas Forças Armadas.

Biografia do Autor

  • Cláudio Lino dos Santos Silva, PUC - Campinas

    Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas). Graduado em Direito na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Advogado e Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Análise de Legislações Militares (IBALM).

  • Fernanda Carolina Araujo Ifanger, PUC - Campinas

    Mestre e Doutora em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas(PUC-Campinas). Professora do mestrado e da graduação na PUC-Campinas.

Referências

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Publicado

2025-06-01